Pesquisa associa Bolsa Família a menor mortalidade por câncer de mama

Ex.Saúde, Presidente, Governo
Mulheres de baixa renda beneficiárias do Bolsa Família que vivem em municípios com alto nível de desigualdade apresentam incidência menor de morte por câncer de mama que as não beneficiárias, identificou um estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia. As conclusões foram publicadas na revista científica Jama Network e divulgadas nesta sexta-feira (2) pela Fiocruz.
A pesquisa avaliou dados de mais de 20 milhões de mulheres adultas registradas no Cadastro Único do governo federal e aponta que, quanto maior a desigualdade de renda nos municípios, chamada de segregação na pesquisa, maior é o risco de morrer por câncer de mama.
Quando as pesquisadoras dividem essas mulheres de baixa renda entre quem recebe e quem não recebe o Bolsa Família, a constatação é de que mulheres que não receberam o benefício tiveram um risco de mortalidade por câncer de mama 17% maior em comparação com as beneficiárias do Programa.
O estudo é fruto de uma colaboração entre pesquisadores do Cidacs/Fiocruz Bahia, da Faculdade de Epidemiologia e Saúde da População da London School of Hygiene and Tropical Medicine, do Ubuntu Center on Racism, Global Movements and Population Health Equity da Universidade Drexel, do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Foram utilizados dados de 2001 a 2015 do Cadastro Único do governo federal, que inclui mais de 114 milhões de brasileiros com baixa renda (quase 55% da população do país).
Do universo de mulheres pesquisadas, 53,3% eram pardas, 32,8% eram brancas, 8,2% eram pretas, 0,5% eram indígenas e 0,4% eram asiáticas.
O estudo mostra que a incidência de mortalidade por câncer de mama em municípios com baixa segregação foi de 6,4 mulheres a cada 100 mil habitantes. Em municípios com média segregação, a incidência chega a 6,7, enquanto nos municípios com alta segregação de renda, essa taxa é ainda maior, de 8,2 óbitos a cada 100 mil.
As mulheres que recebem o Bolsa Família e vivem em cidades mais desiguais têm risco de morrer por câncer de mama 13% maior que a média, enquanto as que não recebem o benefício e moram nessas cidades vivenciam um risco 24% maior. Os dados apontam que mesmo morar em uma cidade segregada tem seu risco reduzido pelo programa.
A pesquisadora Joanna Guimarães, associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia, destaca a relevância do estudo ao descrever que a maior parte das pesquisa que avalia o impacto do Bolsa Família na saúde se debruça sobre saúde infantil e doenças infecciosas, explorando menos a saúde da mulher.
“A pesquisa mostrou o resultado de uma política pública, o Bolsa Família, na redução das desigualdades na mortalidade por câncer de mama em mulheres. Isso se deve possivelmente ao aumento da renda familiar e com isso maior acesso a medicamentos, alimentação de qualidade e acesso a serviços de transporte, permitindo a busca por serviços preventivos de câncer, como a realização de mamografia, em outros locais”, afirmou a pesquisadora à Agência Fiocruz de Notícias.
Ela defende que o estudo tem implicações políticas, pois sugere a inclusão do rastreamento e exame clínico das mamas entre as condicionalidades do Bolsa Família. A conclusão se dá a partir da constatação de que tais condicionalidades impõem uma maior utilização dos serviços de saúde, aumentando a detecção precoce e potencialmente reduzindo a mortalidade.
Edição: Sabrina Craide
Reajuste autorizado por portaria não é automático e precisa de portaria própria de estados, municípios e do Distrito Federal para ser oficializado.
Inscrições podem ser feitas entre os dias 6 e 29 de fevereiro, no edital do Instituto Federal da Bahia, e de 2 a 16 de fevereiro, no Instituto Federal de São Paulo.
Em mensagem na rede social X, a União Europeia diz que lei é um marco, visa a que seja segura e respeite os direitos fundamentais do bloco.
Lula fez anúncio em celebração pelos 132 anos do Porto de Santos. Obra faz parte do Novo PAC e terá investimento de R$ 5,8 bilhões.
Do saldo de 1,48 milhão de novos empregos acumulado em 2023, pequenos negócios significaram 1,18 milhão de novas vagas, correspondendo a 80,1%. Médias e grandes empresas abriram 209,99 mil vagas.
Segundo a organização, elas apresentam sintomas como níveis extremamente altos de ansiedade, perda de apetite e não conseguem dormir.
Meninas – de 12, 13 e 17 anos – morreram durante cerimônias de iniciação, consideradas ritual de passagem à vida adulta e pré-requisito para o casamento.
Provas serão aplicadas em 5 de maio, em 220 cidades distribuídas por todas as unidades federativas. Organizadores contabilizam mais de 1 milhão de inscrições até o momento.
Estados, Distrito Federal e municípios poderão investir, até 31 de dezembro, na alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais não inseridas no sistema formal de ensino.
Conheça nossos aplicativos nas lojas online da iTunes e Google

source

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.