Mostra de Cinema de Ouro Preto homenageia atriz Marisa Orth

A Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP) homenageia em sua 20ª edição a atriz Marisa Orth. Reconhecida por personagens que criticam ironicamente as representações femininas no audiovisual, Marisa Orth vem atuando na televisão, teatro e cinema. A atriz disse que ficou muito honrada com a homenagem. 
“Se minha presença servir para que a gente possa falar de cinema, de humor de qualidade, num país que já teve grandes mestres da comédia. Acho que as mulheres estão mais nesse papel. O humor é gigantesco. O humor tem a ver com o renascimento do feminismo”, disse Marisa à Agência Brasil.
“Na homenagem à atriz Marisa Orth, ela representa as mulheres no humor brasileiro, considerando toda sua trajetória, celebrando a ousadia e o humor dela que são ímpares, singulares”, disse a coordenadora da mostra, Raquel Hallak, à Agência Brasil.
A mostra de cinema ocorre entre 25 e 30 de junho na cidade histórica de Ouro Preto (MG). Segundo os organizadores, com programação gratuita, presencial e online, a CineOP promove uma conexão entre passado, presente e futuro, tendo o cinema brasileiro como eixo de reflexão crítica e fortalecimento democrático. A Praça Tiradentes, o Centro de Artes e Convenções da UFOP e o Cine-Museu da Inconfidência vão receber as exibições. No ambiente digital, parte das sessões e atividades poderá ser acompanhada pela plataforma www.cineop.com.br.
 “Ao longo de seis dias, o público poderá assistir a 144 filmes (30 longas, 1 média e 116 curtas-metragens), produzidos em dez estados brasileiros (MG, RJ, SP, PE, CE, ES, BA, AM, PR, RN) e cinco países (Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Estados Unidos). As exibições estão organizadas em 12 mostras: Histórica, Competitiva, Contemporânea Longas, Contemporânea Curtas, Educação, Valores, TV UFOP, Preservação, Mostrinha, Cine-Escola, Cine Concerto e Itaú Cultural Play”, informa, em nota, o festival.
Segundo a coordenadora da mostra, Raquel Hallak, a CineOp tem a temática da preservação, com o conceito de criar memória, tendo a preservação como a alma viva do cinema brasileiro.
“Na temática histórica, vamos abordar o humor das mulheres no cinema brasileiro. Na temática educação, a gente vai falar sobre lugares de memória, acervo e escola”, afirmou Raquel.
 “A sessão de abertura, no dia 26, às 19h30, na Praça Tiradentes, exibe curtas emblemáticos como “A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal” (Carla Camurati), “A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti” (Anna Muylaert) e “A Má Criada” (Sung Sfai). Entre os filmes programados na Mostra Histórica e Preservação, está “A Mulher de Todos” (Rogério Sganzerla, 1969), em cópia restaurada, com todo seu humor tropicalista e atuação marcante de Helena Ignez”, dizem os organizadores.

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