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Excelência médica viabiliza tratamento de criança que nasceu com 4 rins

O procedimento realizado no início do mês exigiu um acompanhamento constante até a alta. A menina continuará sendo acompanhada pela equipe do HCB

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) deu alta para criança que nasceu com quatro rins. A menina Isis, de 1 ano de idade, precisou passar por uma cirurgia para retirar um dos órgãos extras: ainda nas ultrassonografias do pré-natal, descobriu-se que ela nasceria com uma malformação. O procedimento realizado no início do mês exigiu um acompanhamento constante até a alta. A menina continuará sendo acompanhada pela equipe do HCB.

“Aqui, posso dizer que somos especializados em raridades e esse caso é raro. Nos especializamos em tratar, tanto clínica como cirurgicamente, malformações congênitas”, afirma Hélio Buson, urologista-pediátrico coordenador da urologia pediátrica do HCB.

“Mais ou menos 10% de todas as crianças que nascem no mundo inteiro vão ter alguma malformação congênita, que podem acontecer em todos os órgãos do corpo humano. No caso de Isis, o quadro estava relacionado à estrutura que dá origem aos rins. A menina nasceu com quatro rins ao todo, dois em cada lado do corpo, sendo que os rins inferiores estavam ligados. A condição é chamada de ‘rins em ferradura’, por causa do formato adotado pelos órgãos unidos, mas que não oferece riscos a Isis.”

O fato de uma criança nascer com mais de dois rins, por si só, não é um problema. Porém, um dos rins de Isis estava obstruído, causando um inchaço que prejudicava os órgãos vizinhos. “Esse rim estava tão grande que impedia os outros órgãos de funcionar a contento. O intestino dela, o diafragma e os pulmões estavam completamente comprimidos por essa grande massa”, conta Buson.

A equipe do Hospital da Criança de Brasília realizou a drenagem do rim e, posteriormente, um procedimento cirúrgico para retirar o órgão, já que ele não tinha função. “Não há nenhum motivo para manter um rim que não filtra o sangue. Como ela tinha três outros rins que funcionavam muito bem, chegamos à conclusão que esse tinha que ser retirado, senão iria trazer prejuízos muito grandes para a saúde”, relata o médico.

Agência Brasília

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