Torcedor chileno é preso após gestos racistas em jogo no Maracanã

O torcedor chileno Baltazar Martin Garcês Lopez teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por ter feito gestos racistas contra a torcida do Fluminense durante o jogo entre o time carioca e o Unión Española, pela Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira (14) no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. 
A partida marcou o início da campanha Estamos Vigilantes, do Ministério Público do Rio de Janeiro para prevenir o racismo durante as partidas das Copas Sul-Americana e Libertadores realizadas no estado. 
Durante a partida, o torcedor chileno fez gestos imitando um macaco, em direção à torcida do Fluminense. Seguranças do estádio acionaram o Batalhão Especial de Policiamento em Estádios. 
Com a confirmação do ato, por meio de imagens do Centro de Comando e Controle do Maracanã, agentes da Polícia Militar conduziram Lopez para uma audiência de custódia no Juizado Especial do Torcedor que, ao analisar o caso, converteu a prisão em flagrante do acusado em preventiva.
A campanha Estamos Vigilantes tem a finalidade de estimular todas as pessoas que observem possíveis casos de racismo nas praças esportivas denunciem os fatos às autoridades. Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor estarão presentes em todos os jogos nos estádios cariocas, para monitorar as arquibancadas e atuar em casos de flagrante ou denúncia de atos racistas e xenofóbicos. 
A campanha destaca a importância da participação ativa dos torcedores e profissionais envolvidos nas partidas na construção de um ambiente mais seguro e respeitoso, ressaltando que denunciar é dever de todos. A iniciativa reúne jogadores dos principais clubes cariocas, torcedores, jornalistas, profissionais de segurança e serviços que atuam nos estádios e promotores de Justiça. 
A iniciativa conta com apoio da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do MP, cujos peritos realizaram visitas técnicas aos estádios para avaliar o sistema de câmeras e sugerir melhorias para o monitoramento e reconhecimento dos autores. A ação tem apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação Sul-Americana (Conmebol).
 

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